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Anestésicos X Gestantes




Os anestésicos locais são as drogas mais amplamente utilizadas em Odontologia e, sendo aplicados tanto por injeção ou topicamente, determinam um bloqueio temporário da condução nervosa. São considerados seguros para o uso durante a gravidez. O emprego de baixas doses em Odontologia privilegia esse uso.

O cirurgião-dentista deve fazer uma ampla avaliação clínica de sua paciente antes da administração de qualquer droga, incluído os próprios anestésicos locais, pois atuam em vários pontos do organismo. Os anestésicos locais após entrarem no sistema circulatório são transportados para todas as células do corpo.

Segundo a FDA ( Food and Drug Administration) os fármacos podem ser divididos em 5 categorias de risco para indução de defeitos congênitos:


  • Categoria A: Estudos controlados em mulheres não demonstram riscos para o feto no primeiro trimestre e a possibilidade de dano fetal parece remota, não havendo evidências de riscos em estudos posteriores.
  • Categoria B: Estudos de reprodução animal não tem demonstrado risco fetal, mas não há nenhum estudo controlado em mulheres grávidas ou estudos de reprodução animal mostrando efeitos adversos no feto.
  • Categoria C: Estudos em animais revelaram efeitos adversos no feto e não há nenhum estudo controlado em mulheres. Só deveriam ser dadas essas drogas se o benefício justificar o risco potencial para o feto.
  • Categoria D: Há evidências positivas de risco fetal humano, mas os benefícios de uso em mulheres grávidas podem ser aceitáveis apesar do risco.
  • Categoria X: Estudos em animais e seres humanos demonstram anormalidades fetais ou há evidências de riscos para o feto baseando-se em experiências humanas, ou ambos. O risco de uso de fármacos está claramente acima do possível benefício. A droga é contra-indicada em mulheres que estão ou podem ficar grávidas.

Com respeito aos anestésicos locais a lidocaína é classificada como categoria B, a mepivacaína e bupivacaína são classificadas como categoria C, enquanto a prilocaína é desaconselhada.

Se for considerada a categorização da FDA, selecionam-se preferentemente fármacos pertencentes a categorias A e B para uso na gestação, sendo proibitivos o uso dos pertencentes a categoria X.

Luciana Torres, CD
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Xerostomia




A boca seca – conhecida, na área da Saúde, como xerostomia – é causada pela diminuição na produção de saliva.

Acomete, tanto com intensidade como duração variável, um grande número de pessoas e suas causas podem variar consideravelmente.

São exemplos de causas:

  • A idade avançada (com o passar da idade, as glândulas salivares podem atrofiar).
  • O efeito colateral de certos medicamentos, tais como anti-hipertensivos, antidepressivos, tranqüilizantes, anti-histamínicos e anticolinérgicos.
  • Hábitos e vícios, como o alcoolismo e a ingestão de alimentos ricos em cafeína.
  • A Síndrome de Sjögren, na qual o organismo da própria pessoa reage contra as glândulas salivares.
  • A diabete mellitus, na qual a boca seca é um achado freqüente.
  • Cânceres na região de cabeça e pescoço (as pessoas que são tratadas com radioterapia podem ter suas glândulas afetadas permanentemente pela radiação).
  • Problemas psiquiátricos (certas psicoses e estados de ansiedade podem causar falta de saliva).
  • Doenças congênitas: existem pessoas que nascem sem as glândulas salivares (agenesia congênita.).

Porque a saliva é tão importante?

    A saliva tem papel importante na formação do bolo alimentar, favorecendo a digestão e deglutição; proporciona uma lavagem físico-mecânica, facilitando uma melhor movimentação da língua e demais músculos; atua na proteção da mucosa da boca; controla a microbiota bucal; estabelece e mantém o pH do meio, atuando no processo da cárie dental.
O que a boca seca pode causar?
Cáries, candidíase (doença fúngica), doenças gengivais e infecções nas glândulas salivares.

Quais são os sintomas da xerostomia?

Em função da falta de saliva, o indivíduo pode ter mal hálito, dificuldades para falar e engolir, intolerância a próteses, dor na língua, perda do paladar e alteração de voz.

Como  tratar?

Com o avanço da idade, a saliva parece manter-se exatamente a mesma. Havendo tecido salivar viável, o tratamento da xerostomia deve buscar o aumento da produção da saliva através de algumas medidas como o uso de balas e chicletes sem açúcar;  uso freqüente de bebidas sem açúcar; não ingerir bebidas carbonadas; utilização de saliva artificial;
Quando a xerostomia for provocada por algum medicamento, o tratamento deve buscar a eliminação, redução ou substituição da droga.

Luciana Torres, CD
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Hipertensão




A hipertensão é a manifestação sintomática de um estado anormal da circulação. É uma moléstia na qual os valores da pressão arterial em repouso estão aumentados. Num quadro de hipertensão, a pressão sistólica (o valor superior) é igual ou maior de 140 e a pressão diastólica (o valor menor) é igual ou maior de 90. Esses valores oscilam com a idade do paciente.

Quando o coração bombeia sangue pelas artérias, a força do fluxo sanguíneo exerce pressão sobre as paredes arteriais. Quando essa força é superior da necessária para manter um fluxo constante durante grande parte do dia, ocorre a hipertensão arterial.

Normalmente, a hipertensão é uma doença assintomática até que se desenvolvam suas complicações que podem levar ao comprometimento do coração, rins, cérebro, olhos e das artérias, limitando a atividade e encurtando a vida do paciente.

A hipertensão pode ser de origem renal, endócrina ou psicogênica. Além disso, podem existir fatores de predisposição genética, meio ambientais (como o alto consumo de sal), e também estímulos emocionais como raiva ou ansiedade. Conhece-se ainda a hipertensão secundária que pode ser causada por múltiplos fatores: insuficiência renal, transtornos hormonais, gravidez ou consumo de anticoncepcionais orais e determinados fármacos.

Durante um atendimento odontológico a  hipertensão mal controlada pode aumentar o modo agudo, perante situações estressantes, e desencadear angina, insuficiência cardíaca e hemorragias.  Os pacientes que fazem uso dos bloqueadores dos canais de cálcio, geralmente apresentam hiperplasia gengival ( aumento do volume das gengivas e papilas ). Embora pareça estranho à primeira vista, a correlação entre doenças da gengiva e problemas circulatórios importantes, como infarto do miocárdio, já é uma realidade científica comprovada por vários estudos associativos em todo o mundo. Estes estudos demonstram que pessoas que têm inflamação gengival crônica apresentam, eliminando-se todos os outros fatores de risco conhecidos (tabagismo, diabetes, hipertensão, obesidade, etc.), mais possibilidades de desenvolver doenças cardiovasculares do que pessoas que tem gengivas sadias.
Portanto, neste contexto, a manutenção da saúde oral é extremamente importante para a manutenção da saúde sistêmica do paciente e é sempre conveniente observar se a pressão está controlada e obter alguma orientação do cardiologista.
Luciana Torres, CD

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Aftas


A afta é uma ferida em mucosa oral, representada por uma lesão ulcerativa pequena de 2 a 3mm de diâmetro, com formato circular e halo avermelhado, possui bordas no mesmo plano da mucosa com centro esbranquiçado ou acinzentado, mostrando-se ser dolorosa. Aparecem principalmente na língua, lábios e mucosa jugal, isto é, em áreas não queratinizadas. Às vezes, no lugar de uma afta isolada aparecem várias ao mesmo tempo. Também pode ser chamada de estomatite aftosa, afta minor, estomatite ulcerativa recidivante, afta de Miculikz, ou ainda de estomatite vesicular.

Aparentemente a causa dessas lesões é desconhecida. Existem algumas hipóteses como alteração no sistema imunológico, processos alérgicos, distúrbios gastro-intestinais, alimentação ácida, febre alta e estresse. Em algumas mulheres, elas podem aparecer durante o período menstrual. As feridas podem ainda ser uma reação a antibióticos e antiinflamatórios, remédios que liberam substâncias ácidas no esôfago. Algumas pessoas têm maior predisposição para o problema e por isso suspeita-se que a afta seja hereditária.
Frutas ácidas como o abacaxi, assim como temperos picantes - ketchup, pimenta, mostarda, molho de tomate, vinagre, entre outros -, podem funcionar como fatores desencadeantes.

As aftas surgem na maioria das vezes em pessoas saudáveis, não provoca febre nem mau hálito, não tem cura definitiva, não é transmissível e pode ou não ser dolorosa.

Tais lesões desaparecem espontaneamente entre 7 e 10 dias. O tratamento é individualizado visando aliviar os sintomas, prevenir o aparecimento de novas aftas e diminuir a gravidade do surto. O tratamento mais comum é o uso de antiinflamatório corticóide, recomendado em bochechos ou pomadas apropriadas.
Quem tem propensão para aftas deve evitar consumir frutas e condimentos ácidos e, na medida do possível, combater o estresse.

Luciana Torres, CD
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